terça-feira, 7 de abril de 2015

Iniciando uma análise

Eu gostaria de destinar este texto para pensar com você sobre iniciar uma análise, procurar  uma ajuda profissional. Minha proposta é desmistificar a questão de que "psicólogo é coisa de maluco" e "não estou tão mal assim para isso". A maioria das pessoas que chegam ao consultório, chegam em estágios avançados, quando a situação fica insuportável e geralmente começam a somatizar ou a perder o controle sobre suas ações causando inúmeros prejuízos pessoais e sociais. Iniciar uma análise não é algo simples para o sujeito, que enquanto pode postergá-la, assim o faz! Primeiro que existe aí um investimento pessoal onde o resultado não vai dar a ele um belo corpo ou uma colocação melhor no mercado de trabalho. Uma análise  não é feita na lógica contemporânea: rapidamente e com superficialidade. Esse investimento vai fazer você se deparar com suas impossibilidades, com seus fantasmas e te convidar a enfrentá-los. Uma jornada um tanto desconfortável , mas libertadora. A psicanálise é um convite ao conflito e a modos de lidar com ele, uma das coisas que nós fugimos constantemente. Isso mesmo! Não existem os dez passos para a felicidade como alguns propõem, mas um repensar sobre o movimento da vida. Um sair da zona de "conforto" não tão confortável assim! O analista não é um amigo, mas alguém que se importa em refletir para o sujeito a real imagem dele mesmo. Estar em análise não é ir ao analista, mas se permitir uma mudança de posição subjetiva.
Fazer análise é um passo pessoal de desejo a um movimento diferente do vivido até agora.

Elaine R.C. Romero.

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